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Você já ouviu falar de agtechs?

O setor agropecuário é essencial para a economia do Brasil e do mundo. Afinal, ele é responsável, entre outras coisas, por alimentar bilhões de pessoas diariamente. No entanto, ele também enfrenta muitos desafios, como as mudanças climáticas e a vulnerabilidade a fatores externos, como pragas, e dificuldades na cadeia logística. Para superar esses obstáculos, a tecnologia é uma grande aliada em potencial do agronegócio. As agtechs são exemplos disso: elas empregam tecnologia de ponta para criar soluções inovadoras para o campo.

Saiba mais sobre as agtechs, como elas ajudam o meio ambiente e qual o seu impacto na economia brasileira.

Agtechs: tecnologia unida ao agronegócio

As agtechs são empresas que aplicam a tecnologia para melhorar a produtividade no campo. O termo agtech é uma abreviação de agricultural technology, ou tecnologia agrícola em português. Algumas das soluções que elas oferecem para o campo são: preparar o solo com o apoio de softwares, regular a irrigação e a temperatura em estufas por meio de micro sensores, controlar a aplicação de nutrientes e o tamanho da semente.

Elas fazem parte de um movimento de transformação digital mais amplo que está revolucionando diversos setores, o das chamadas techs. Por exemplo, inspiradas pelas fintechs, surgem as agfintechs, startups focadas no setor agropecuário. Elas usam a tecnologia para facilitar o acesso a soluções financeiras para aqueles envolvidos na cadeia produtiva agropecuária.

Segundo o Statista, o valor de mercado da agricultura inteligente no mundo deve aumentar de cerca de US$ 15 bilhões em 2022 para US$ 33 bilhões em 2027.

Como as agtechs inovam no agronegócio

As agtechs usam a tecnologia para enfrentar desafios e criar novas soluções para velhos problemas do campo. Confira, abaixo, algumas áreas em que as agtechs atuam e como elas trazem inovação para o agronegócio.

Maquinário inteligente

Drones, sensores, robôs e aplicativos são as ferramentas que as agtechs empregam para monitorar as condições do campo. Com esses equipamentos, elas conseguem obter dados em tempo real e automatizar tarefas, como irrigação e colheita. Dessa forma, economizando insumos e recursos, além de atuar no controle de perdas. 

O Statista prevê que, até 2030, a inteligência artificial vai conectar mais de 25 milhões de dispositivos (IoT) em todos os setores do agronegócio, ajudando principalmente os produtores rurais com tecnologia. 

Biotecnologia avançada

A biotecnologia agropecuária auxilia os produtores rurais a cultivar alimentos e criar animais de forma mais eficiente e sustentável. Isso pode envolver criar plantas e animais mais resistentes a pragas, doenças e más condições climáticas ou mais ricos em nutrientes, por meio de manipulação genética.

Logística

Há também agtechs que usam inteligência artificial (IA), big data e blockchain para gerenciar a cadeia produtiva dos produtos agropecuários. Essas tecnologias permitem rastrear a origem e garantir a qualidade dos produtos. Assim, facilitam o acesso a mercados e financiamentos. 

Otimização de recursos e redução de desperdícios

A tecnologia ainda ajuda os produtores rurais a alocar melhor os recursos e a evitar perdas. Para se ter uma ideia, a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) diz que 14% dos alimentos produzidos no mundo, que valem US$ 400 bilhões por ano, se perdem depois da colheita, antes de chegarem às lojas. 

A FAO também estima que os alimentos perdidos e desperdiçados poderiam alimentar 1,26 bilhão de pessoas que passam fome todos os anos.

Aumento de produtividade

As agtechs usam algoritmos e modelos matemáticos para analisar dados e tomar decisões em todas as etapas do ciclo produtivo. Dessa maneira, elas aumentam a produtividade tanto da agricultura quanto da pecuária, pois permitem planejamento mais eficiente do plantio e da criação de animais, redução dos custos operacionais e diminuição das perdas devido a fatores climáticos, pragas ou doenças.

Inovação contínua e diversificação de mercados

Com o auxílio da tecnologia, é possível criar produtos que atendam às demandas de diferentes nichos de mercado, atraindo novos clientes, parceiros comerciais e investidores. 

Os benefícios das agtechs para o meio ambiente

As agtechs não só trazem benefícios para o setor agropecuário como um todo, mas também desempenham um papel importante na promoção da sustentabilidade ambiental. Isso porque elas contribuem para reduzir os impactos negativos da atividade agrícola na natureza, tais como:

  • Emissão de gases de efeito estufa: as agtechs ajudam a reduzir essas emissões, usando tecnologias que aumentam a eficiência energética, reduzem o uso de combustíveis fósseis e capturam e armazenam carbono. 
  • Desmatamento: a expansão da fronteira agrícola é uma das principais causas do desmatamento no mundo. As agtechs podem ajudar a evitá-lo empregando tecnologias que aumentam a produtividade em áreas já cultivadas, reduzem a necessidade de busca por novas terras, monitoram o desmatamento ilegal etc. 
  • Uso de agrotóxicos: as agtechs usam tecnologias que permitem aplicar os agrotóxicos de maneira inteligente. Isso acontece através do monitoramento da qualidade do solo, do clima e das pragas. 

O potencial das agtechs para o desenvolvimento econômico do Brasil

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de produtos agropecuários do mundo, sendo o setor responsável por uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estimam que, com base no desempenho parcial do setor, o PIB agropecuário tenha alcançado cerca de R$ 2,62 trilhões em 2023, o que corresponderia a 24,1% do PIB do País. 

Esse resultado mostra a importância da agropecuária brasileira para o desenvolvimento econômico e social, não só do Brasil, mas também da América Latina. Atualmente, o bloco enfrenta o desafio de aumentar em 80% a sua produção agrícola até 2050, para alimentar a crescente população mundial, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 

Dinamismo no campo

Diante desse cenário, é fundamental investir em novas empresas e negócios que dinamizem o setor agropecuário, tornando-o mais produtivo e atraente para o mercado mundial. Nesse sentido, o Brasil se destaca como líder regional no número de agtechs, que usam a tecnologia para criar soluções inovadoras para o campo. Segundo o relatório Agtech Report 2023, o país abriga 76,5% das startups voltadas para o campo na região — 598 de 769. Além disso, as agtechs brasileiras movimentaram um total de US$ 491 milhões em 261 rodadas de investimento desde 20171. Esse valor representa 75% do total da América Latina. Dessa forma, as agtechs são uma oportunidade de transformar o campo em um espaço de geração de renda e desenvolvimento sustentável.

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